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A tentativa de transformar o futuro de seus alunos é o que leva o
professor de inglês da Escola Municipal Edgard Werneck, Getúlio Benevides, 71
anos, a percorrer colégios particulares de Jacarepaguá com uma pasta sob o
braço. Todo ano, ele leva nessas instituições uma lista com 20 nomes de
estudantes de escolas públicas que, segundo ele, caso tenham uma oportunidade,
serão os primeiros colocados nos vestibulares das melhores universidades do
país. Em seus 48 anos de carreira, Getúlio já perdeu as contas de quantas
bolsas de estudo conseguiu, mas se lembra com carinho de quando, em 2009, sugeriu
à então secretária de Educação que adotasse um livro de inglês nas turmas do 1°
ao 9° ano.
— Eu disse a ela que estávamos há 20 anos sem um livro de inglês,
entreguei um projeto de ensino. Um dia passei na banca de jornal e estava
escrito: “Inglês do 1º ao 9º ano no município do Rio”— conta orgulhoso,
lembrando que nunca recebeu sequer um agradecimento da prefeitura pela
sugestão. — A profissão de professor não tem o prestígio que merece. A
sociedade de modo geral, e principalmente os políticos, não dão bola para os
professores. Se o menino quer ser professor, a mãe e o pai dizem: “negativo”.
Fonte: O Globo
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